Com salário atrasado e falta de material, funcionários da UTI do Hospital da Vida ameaçam parar

Em Dourados, além de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva, a própria saúde está na UTI. Na noite desta quarta-feira (9), funcionários da Intensicare, que atuam no Hospital da Vida, fizeram protesto contra a falta de materiais básicos e salários atrasados.

Para se ter uma ideia, nem a metade do décimo terceiro que deveria ter sido pago no fim de novembro, foi depositado na conta desses servidores.

“Falta material básico para trabalhar como gazes, seringas, e ainda querem nos dar mais trabalho. Nossas contas estão atrasadas e nada do salário, do décimo terceiro, estamos cansados disso, achamos isso uma humilhação. Corremos o risco de ser contaminados não só pela Covid-19, mas por outras doenças”, comentou uma funcionária da UTI ao Ligado Na Notícia.

De acordo com o site, durante a entrevista, foi citada a possibilidade de paralisação e redução dos trabalhos na Unidade de Terapia Intensiva do hospital que atende ainda, 33 municípios que compõem a ‘Grande Dourados’, e em alguns casos, até mesmo pacientes do Paraguai.

Os problemas não param. Segundo os funcionários, há antibióticos e medicações para sedação de pacientes que são suficientes apenas para os próximos dias.

Além disso, outro problema é que existe ameaça de acontecer a retirada de respiradores e monitores devido ao acúmulo de débitos ao prestador de serviço. São, pelo menos, sete meses de pagamentos em atraso, o que gera uma dívida milionária de aproximadamente R$ 30 milhões, sendo R$ 7 milhões apenas com os funcionários da Unidade de Terapia Intensiva.

“A Funsaud [Fundação de Serviços de Saúde de Dourados] tem hoje uma dívida milionária, e sete milhões são com esses servidores que atuam diretamente na linha de frente de combate à Covid-19. Quanto a esse mês, não posso falar nada, mas a partir de janeiro, vou lutar para mudar essa realidade”, ressaltou o vereador eleito e também médico, Diogo Castilho.

Nesta semana a Justiça determinou que sejam abertos no único hospital público de responsabilidade do município, mais dez leitos de UTI para pacientes contaminados pelo Novo Coronavírus.

Por fim, a reportagem também apurou que caso a dívida não seja sanada, pode haver por meio dos prestadores de serviço, o bloqueio no fornecimento de medicamentos e materiais.

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