Justiça decreta apreensão de celulares de Marquinhos Trad

Justiça decreta apreensão de celulares de Marquinhos Trad

Despacho publicado da juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, publicado nesta sexta-feira (16), determinou a apreensão do telefone celular do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD). A decisão está no âmbito da ação penal contra o político pela prática reiterada de crimes sexuais.

O ex-prefeito que se negou a entregar o aparelho para a polícia, tentou evitar a apreensão do através de recurso ao Tribunal de Justiça, mas não teve sucesso.

Em outros despachos, a magistrada já havia determinado a apreensão e limitado a análise das conversas do ex-prefeito com as supostas vítimas dos crimes sexuais. Como não entregou o smartphone (seria mais de um), a magistrada determinou a busca e apreensão.

“E decorrido o prazo de cinco dias sem informação da entrega do(s) celular(es), restará caracterizada a recusa em promover a entrega, exercendo o representado o seu direito de não produzir provas contra si mesmo. Certifique-se o decurso de prazo, se for o caso. Na hipótese, prossiga-se, cumprindo o determinado na decisão”, escreveu a juíza Eucélia Cassal.

A magistrada ainda faz uma ressalva: “expeça-se mandado de busca e apreensão, devendo a Autoridade Policial observar a cadeia de custódia, conforme determinado bem como a extensão e conteúdo da perícia, conforme decisão proferida pelo Tribunal de Justiça”.

Ainda segundo a decisão, “o pedido defensivo de que a perícia seja realizada por perito nomeado pelo Juízo não comporta deferimento, haja vista que compete à Autoridade Policial promover as medidas necessárias para colheita de provas e na hipótese o Instituto de Criminalística do Estado poderá realizar a tarefa, observando-se, por óbvio o sigilo de dados.”

Ação Penal

A juíza Eucélia Moreira Cassal havia aceitado em novembro passado denúncia do Ministério Público contra o ex-prefeito por crimes sexuais praticados contra 7 mulheres. Marquinhos foi denunciado pelos crimes de assédio sexual (1 vítima), importunação sexual (3 vítimas) e por favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual (3 vítimas). Ao final das investigações, das 16 mulheres que apresentaram as denúncias, 7 permaneceram no inquérito.

No caso das demais, em sua maioria as denúncias não foram levadas adiante porque os crimes prescreveram. No inquérito que tramitou na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) foram investigados casos ocorridos a partir do ano de 2005.

Campo Grande