Justiça paraguaia investiga desvio de armas para facção criminosa do Brasil

Marcos Morandi

O Ministério público do Paraguai, com o apoio do Departamento de Combate ao Crime Organizado investiga a comercialização de armas já apreendidas em operações policiais naquele país. A denúncia teve início com o desaparecimento de pistolas e fuzis que foram encontradas com integrantes de uma organização criminosa do brasileira.

Na tarde desta terça-feira (5) a Dimabel (Diretoria de Material de Guerra) recebeu vistorias da promotora Alicia Sapriza. Ela quer saber porque as armas que deveriam estar sob custódia foram utilizadas no resgate do líder do narcotraficante Teófilo Samudio, vulgo Samura, apontado com líder do Comando Vermelho, ocorrido em setembro de 2019, na avenida Costanera Zona Norte, em Assunção.

A promotoria afirmou ter ficado chocada com o fato de que uma arma de fogo já apreendida ter sido encontrada com Freddy Esteban González Núñez, que teria participado do resgate de Samura e é o suposto autor do assassinato do comissário Félix Ferrari.

Os investigadores foram ontem à Dimabel para ver se a arma ainda estava guardada, mas descobriram e descobriram que ela tinha desaparecido, assim como várias outras armas. Há suspeitas que os militares teriam vendido ou devolvido à facção criminosa.

Durante a vistoria, os agentes do Departamento de Crime Organizado, acompanhados pela promotora, constataram que a falta de sete fuzis, dois deles calibre 7,62, cinco calibres 5,56 e 15 pistolas 9 milímetros.

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