SIG apreende R$ 6 mi em bens de funcionária que desviou dinheiro

A Operação Prelúdio deflagrada nesta manhã por policiais dos SIG (Setor de Investigações Gerais), em Dourados, cumpriu dois mandados de busca e apreensão e realizou o sequestro de bens avaliados em aproximadamente R$ 6 milhões.

Todo esse patrimônio seria da funcionária de uma empresa agrícola localizada no município e que, alegando ser vítima de uma ‘mãe de santo’ de São Paulo, já desviou R$ 50,8 milhões de onde trabalhava.

Os mandados foram cumpridos num prédio que fica no Jardim Tropical e também em uma casa no Jardim Flórida.

Segundo o apurado, foram apreendidos vários documentos, cheques, um cofre pequeno, computador, notas, pen-drives e um carro Fiat Toro. O delegado de Polícia Civil, Rodolfo Daltro, informou que inclusive a mulher estaria negociando a venda de alguns bens.

O caso

Funcionária de uma empresa de agronegócio procurou o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados para relatar que estava sendo ameaçada por uma ‘Mãe de Santo’ a cerca de um mês.

Segundo a denunciante, a outra mulher mora em São Paulo e presta atendimento espiritual desde 2018. A tal ‘Mãe de Santo’ teria passado a exigir transferências de valores da empresa e caso não realizasse, iria amaldiçoar a cliente que resultaria na prática de suicídio.

Segundo a funcionária, a mulher chegou a dizer que outra guru espiritual entraria em contato, devendo ser obedecido tudo o que ela ordenava, o que aconteceu.

Conforme a denunciante, como ela ficou com medo, passou a realizar transferências para contas bancárias apontadas pelas duas mulheres que, ao final de 30 dias, que seria um período de penitência, somaram mais de R$ 50 milhões.

Ao ser relatado o caso, foi apresentada uma planilha, identificando-se que 11 contas bancárias receberam transferências bancárias.

Imediatamente foram colhidos depoimentos da funcionária que supostamente seria vítima de extorsão, de funcionários da empresa lesada e de testemunhas.

Também, foi realizada a apreensão do aparelho celular utilizado pela funcionária da empresa para se comunicar com as ‘Mães de Santo’, com o objetivo de ser analisado o teor das conversas, o que poderia confirmar a extorsão.

No mesmo dia a Polícia Civil, por meio do SIG de Dourados, apresentou extensa Representação ao Poder Judiciário, buscando o afastamento do sigilo e a indisponibilidade dos valores existentes nas contas bancárias que receberam as milionárias transferências, visando recuperar os valores desviados da empresa.

Várias diligências estão sendo realizadas com a finalidade de esclarecer a situação, e assim, chegar à conclusão se a funcionária foi extorquida pelas duas mulheres ou por motivos religiosos a elas, destinou valores pertencentes à empresa, o que configuraria a prática de furto.

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