Promotoria de Justiça recomenda implantação do programa Família Acolhedora em Ponta Porã

Promotoria de Justiça recomenda implantação do programa Família Acolhedora em Ponta Porã

Na busca por melhorias no sistema de proteção à infância e juventude, a 2ª Promotoria de Justiça de Ponta Porã recomendou às autoridades municipais a implantação do programa Família Acolhedora. A medida visa fortalecer a proteção dos direitos das crianças e adolescentes, oferecendo uma alternativa mais humanizada e efetiva ao acolhimento institucional, além de promover vínculos familiares e comunitários.

A recomendação destaca que Ponta Porã ainda não possui legislação municipal específica para o acolhimento familiar, o que dificulta a aplicação das medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Cidades como Dourados e Laguna Carapã já contam com programas em funcionamento, com resultados positivos na proteção integral de seus jovens. No entanto, Ponta Porã ainda estuda a viabilidade da implantação, sem uma política pública estruturada até o momento, o que pode colocar em risco a integridade de crianças e adolescentes vulneráveis.

Programa Família Acolhedora

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) reforça que o acolhimento familiar é uma medida prioritária, prevista na legislação nacional e na política de assistência social. Essa alternativa é preferível ao acolhimento institucional, uma vez que a Família Acolhedora permite que crianças e adolescentes em situação de risco ou afastados de suas famílias de origem sejam temporariamente acolhidos por famílias cadastradas e capacitadas. Esse suporte familiar contribui significativamente para o desenvolvimento emocional e social desses jovens, minimizando os impactos do afastamento.

O documento enfatiza a importância de fortalecer a rede de apoio e monitoramento das famílias acolhedoras, garantindo que o serviço prestado seja de alta qualidade e atenda às necessidades específicas de cada criança e adolescente. O objetivo é expandir o alcance do programa, habilitando mais famílias para oferecerem um lar temporário e assegurando que os processos de acompanhamento e desligamento sejam realizados de forma ética e eficiente, sempre priorizando o bem-estar dos acolhidos.

A Promotora de Justiça, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Ponta Porã, Andréa de Souza Resende emitiu uma recomendação à Secretaria Municipal de Cidadania e Inclusão Social e solicitou que o órgão municipal se manifeste, no prazo de 10 dias, sobre o acolhimento da medida proposta. Essa etapa é importante para garantir a adesão e o compromisso da administração pública com as melhorias necessárias no programa.

Com essa iniciativa, o MPMS busca consolidar uma cultura de acolhimento familiar em Ponta Porã, priorizando o melhor interesse das crianças e adolescentes e fortalecendo a rede de proteção social no município.

A4