Prefeito determina investigação de morte de crainça em UPA

Desde segunda-feira (20), os documentos e relatórios estão sendo requisitados pela direção da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde) aos técnicos e equipes que trabalharam durante o feriado prolongado de Carnaval, quando ocorreu a morte de uma criança de 2 anos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A unidade é administrada pela Fundação de Saúde, que presta serviços à Prefeitura de Dourados.

“A tristeza da família, amigos e a comoção de todos pela morte de uma criança é incalculável, e é muito importante esclarecer o que ocorreu na UPA. Tudo será apurado”, disse o prefeito Alan Guedes, que determinou a abertura de uma sindicância para investigar os procedimentos. O processo tem até 30 dias para ser concluído, mas o prefeito pediu urgência na investigação.

Caso

A criança foi levada para a unidade dois dias seguidos. No domingo (19), Samuel foi levado pela família por volta das 10 horas e segundo a direção da UPA às 10h10 passou pela classificação de risco. O menino apresentava dores leves, náusea, febre e dor de cabeça. Logo depois passou pelo atendimento médico e foi liberado.

Na segunda (20), a criança deu entrada novamente às 8h30 com crise convulsiva. Passou pela classificação de risco e foi imediatamente medicada. A direção da UPA informou que, apesar dos esforços da equipe médica, os profissionais não conseguiram estabilizar a criança, que chegou a sofrer paradas cardiorrespiratórias. Às 11h, a Central de Regulação liberou uma vaga na UTI do Hospital Universitário, porém a criança não tinha condições de ser transferida.

“Naquele momento uma transferência de unidade era ainda mais arriscado para a saúde do menino e diante dos riscos e dos protocolos médicos não foi possível fazer a remoção”, explicou a diretora técnica da Funsaud, Jociane de Souza Marques. Apesar do acompanhamento de toda equipe, às 11h25 a criança foi a óbito.

Plantão médico

Durante o feriado de Carnaval a escala de plantão de médicos estava completa. “A UPA de Dourados é de porte 3, o que prevê a necessidade de uma escala com 9 médicos por dia. No entanto, sempre trabalhamos com 10 profissionais, sendo cinco durante o dia e cinco durante à noite”, explicou Jociane.

Dourados