MPF afirma que “ânimos continuam exaltados” na aldeia Limão Verde

Em contato com o Ministério Público Federal de Ponta Porã, a reportagem foi informada que os ânimos na aldeia Limão Verde, em Amambai, continuam exaltados e que a eleição da nova liderança indígena, prevista para acontecer no domingo (31), foi remarcada para o dia 7 de fevereiro.

Ao Ponta Porã News cita que a nova data já foi aceita pelos candidatos e que desde 2018, inquérito acompanha e investiga situações de conflitos no local. Além disso, também é mencionado que são promovidas ações reuniões com forças policiais e a comunidade, solicitando providências às autoridades.

“Tramita no MPF um inquérito civil instaurado para mapear os conflitos internos existentes na terra indígena Limão Verde e as formas organizadas pelos indígenas com o fim de administrar a ausência de forças policiais na área. Desde a instauração do referido inquérito, em 2018, o MPF atua como mediador e titular da ação penal, oficiando e promovendo reuniões com forças policiais, com a comunidade e com as lideranças indígenas; fazendo diligências; solicitando providências às autoridades competentes”, esclarece a nota.

O Ministério Público também ressaltou que considerando a possibilidade de mais atos de violência, solicitou a presença da Polícia Militar, Federal e do Departamento de Operações de Fronteira na aldeia Limão Verde no dia da eleição.

Entenda o caso

Indígenas que residem na aldeia Limão Verde, em Amambai, foram ao Ministério Público Federal, em Ponta Porã, para denunciar a atual liderança por supostas torturas e ameaças a quem faça ‘oposição’ ao atual líder.

O Ponta Porã News conversou com uma das pessoas que apresentou as denúncias ao MPF, mas para manter a segurança, a identidade não será divulgada.

De acordo com o relatado, as situações de violência teriam começado no ano passado, quando a nova liderança indígena foi eleita. De lá para cá, os 3 mil índios que vivem na Limão Verde passaram a viver num clima de ‘tensão’.

Além do MPF, autoridades de Ponta Porã, e a Funai (Fundação Nacional do Índio) participaram da reunião realizada na segunda.

O que diz a liderança

A reportagem escutou a liderança indígena da aldeia Limão Verde, Alimer Nelson, sobre os relatos de violência como torturas e ameaças que supostamente vem ocorrendo no local.  Segundo Alimer, existem problemas, mas não como falam.

“A aldeia Limão Verde enfrenta problemas de violência, mas não é como falam. Essas torturas, ameaças não acontecem por parte da atual liderança, isso não procede”, afirma o indígena que, no entanto, admite que há também rivalidades entre grupos.

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