Indignados moradores acompanham sepultamento de mãe e filha assassinados em Ponta Porã

Marcos Morandi

Davi, de apenas 7 anos, foi encontrado de braços abertos, caído sobre o corpo de Aline. Ele foi assassinado pelo próprio pai na tentativa de proteger a mãe

O trágico assassinato do menino Davi Luiz Perez Arcanjo, de 7 anos e de sua mãe, Aline Aparecida Perez Gomes, continua mobilizando os moradores de Ponta Porã.


Por baixo de uma farda surrada e já acostumada com crimes bárbaros e casos constantes de violência sem medida, bate um coração. Essa é a história de um policial militar lotado em Ponta Porã, cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, um dos lugares mais violentos do Brasil, que chorou ao atender a ocorrência. Ele foi um dos primeiros a chegar na cena do crime.


Apesar do olhar calejado pelas cenas quase que diárias de violência ao longo dos seus anos de serviços prestados na fronteira, o policial não se conteve e caiu em prantos ao presenciar a cena de uma criança de braços abertos morta sobre o corpo da mãe, na tentativa de protegê-la da fúria do seu próprio pai.
“Somos acostumados com cenas fortes de assassinatos e execuções, mas ver um filho de 7 anos pular na frente para proteger sua mãe e morrer em cima dela, comove qualquer pai de família”, disse o policial, que prefere não se identificar.


Os disparos foram feitos com a arma encostada na barriga do menino que apresentava queimadura provocada pela pólvora. Depois de cometer o crime o assassino ligou para um amigo e contou que tinha matado a esposa e o filho e que cometeria suicídio.


Os disparos foram feitos com a arma encostada na barriga do menino que apresentava queimadura provocada pela pólvora. Depois de cometer o crime o assassino ligou para um amigo e contou que tinha matado a esposa e o filho e que cometeria suicídio.


“É o seguinte: Eu acabei matar a Aline e matei o Davi. E daí eu vou me matar. Eu vou deixar o portão aberto e aí você vem aqui e toma as providências cabíveis tem que tomar e chama a polícia. Tá Bom? Só isso que eu tenho para te avisar, beleza?”, relatou Maurílio ao amigo identificado como Tião.

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