Com rosário de crimes e condenado a 121 anos de prisão no Paraná e recapturado em junho deste ano em Ponta Porã, Lucas Abagge fugiu na madrugada deste sábado (3) da Penitenciária Estadual de Dourados, a PED.
Lucas tem sobrenome ligado à morte bárbara do menino Evandro Caetano, 6 anos, que abalou o País na década de 90. A mãe dele foi acusada do crime ocorrido em Guaratuba, supostamente em ato de magia negra. Posteriormente, o governo do Paraná pediu desculpas a ela pela tortura que teria sofrido durante a apuração do crime, hoje em fase de revisão de sentença.
Recapturado pela Polícia Militar em Ponta Porã no dia 18 de junho deste ano, Lucas, apontado como recordista em fugas, usava documento falso, coincidentemente em nome de Evandro de Oliveira Ribeiro. Interrogado, ele negou ser Lucas Abagge, mas a perícia confirmou se tratar do criminoso procurado por várias mortes.
Com documentos falsos, Lucas se tornou réu sendo recolhido ao presídio de Ponta Porã e mais tarde transferido para Dourados. Ele estava recolhido na cela 29 do Raio 2, juntamente com presos do PCC (Primeiro Comando da Capital). Na madrugada, provavelmente por volta de 4h, Lucas passou por dois alambrados e em seguida escalou a muralha do presídio entre as torres 1 e 2, uma delas sem vigilância, usando uma corda artesanal – “teresa” – com pedaço de ferro na ponta e desapareceu.

