Uma disputa eleitoral na Aldeia Limão Verde, em Amambai, resultou em um caso de polícia, com invasão, ameaças, agressões e a detenção violenta de um professor, que foi amarrado e espancado por outros indígenas. O episódio desencadeou uma onda de protestos, incluindo o bloqueio de uma rodovia na região.
A vítima, que atua como capitão da aldeia e professor, denunciou o caso à Polícia Civil de Amambai. Segundo seu relato, ele foi atacado ao chegar à Escola Tupã Nhandewa para mais um dia de aula. O professor afirmou ter sido impedido de entrar na instituição por indígenas ligados à liderança de oposição ao candidato a capitão derrotado na última eleição.
Entre os responsáveis por barrar sua entrada estavam o comandante Aurélio de Oliveira e o diretor da escola, Josiel Martins. Após ser impedido de entrar, o professor foi espancado por Eliton Martins, cunhado do capitão da oposição, além de Oldeir, Rosana Benites e outros agressores não identificados.
A vítima relatou ainda ter sido algemada por Eliton e agredida com pedaços de pau e cassetetes. Em seguida, foi arrastada da escola até a casa de Oldeir, o capitão da oposição, um percurso de aproximadamente 800 metros. No local, teve braços e pernas amarrados e sofreu novas agressões pelos mesmos autores.
Durante o ataque, o professor afirmou ter ouvido uma mulher, que não conseguiu identificar, ordenando: “Corte a garganta dele e depois vamos jogar no rio.” Pouco depois, a Polícia Militar chegou ao local, prestou socorro à vítima e controlou a situação.