Com informações e foto da Urundey FM
O presidente da Associação de Taxistas de Pedro Juan Caballero, Luis Recalde, negou que tenha ocorrido um confronto físico entre taxistas paraguaios e motoristas de aplicativo brasileiros no Terminal Rodoviário da cidade, vizinha a Ponta Porã. Embora tenha confirmado discussões acaloradas, ele rejeitou as versões divulgadas por veículos de comunicação paraguaios e brasileiros que apontavam para agressões mútuas.
Em entrevista à rádio Urundey FM, Recalde afirmou que a ação dos taxistas foi uma “medida de força” para impedir que motoristas de aplicativo realizassem embarques de passageiros no terminal. Segundo ele, esses motoristas têm permissão para levar passageiros até o local, mas não para embarcá-los.
O episódio que gerou repercussão teria ocorrido na sexta-feira (8), quando um motorista de aplicativo se aproximou do terminal e foi abordado por um taxista. O condutor, segundo Recalde, reagiu de forma exaltada, afirmando ser estudante de medicina e que trabalhava para custear os estudos. “Houve apenas discussões, nada de empurrões ou golpes”, garantiu o líder da categoria.
Os taxistas de Pedro Juan Caballero alegam que as plataformas de transporte por aplicativo operam no Paraguai sem a devida regulamentação e habilitação, enquanto eles arcam com patentes comerciais e cumprem todas as exigências legais para trabalhar — assim como seus colegas brasileiros.
Apesar da negativa de confronto físico, a tensão entre as duas categorias é crescente e preocupa moradores e autoridades da fronteira. Motoristas de aplicativo de Ponta Porã relatam que, nos últimos meses, a hostilidade tem aumentado, especialmente no entorno da rodoviária de Pedro Juan Caballero, gerando temor de que a disputa comercial possa evoluir para episódios de violência mais graves.
O caso deve ser discutido esta semana na Câmara de Vereadores de Ponta Porã e pelas autoridades de Pedro Juan Caballero em busca de solução para o caso.
