Ex-candidato ao Governo de MS é preso por acusação de estupro de vulnerável

Morador em Dourados, indígena tem histórico de acusação de furto e também de invasão de terreno onde seria construído condomínio de luxo

O indígena e ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Magno de Souza, 41 anos, foi preso neste sábado (13) em cumprimento a um mandado de prisão preventiva por estupro de vulnerável. A captura ocorreu no assentamento Aratikuty, na região da Aldeia Bororó, em Dourados.
A prisão foi efetuada por uma equipe da Força Tática do Terceiro Batalhão, com apoio da 9ª Companhia de Polícia Militar.
O mandado foi expedido em novembro pela Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulheres de Dourados e tem validade até novembro de 2045.
Magno de Souza é acusado de violência sexual contra uma mulher de 21 anos com deficiência intelectual. O caso está sendo investigado sob sigilo pelas autoridades competentes.
Após os procedimentos, o indígena foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados.
Na última quinta-feira (11), Magno foi visto durante a manifestação de bloqueio da rodovia MS-156. Ele chegou a falar com imprensa local como um dos líderes do protesto contra o Marco Temporal.
Magno de Souza ganhou notoriedade por ser o primeiro indígena a concorrer ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2022, pelo PCO (Partido da Causa Operária).
“Considerando também que o representado é multirreincidente, além de possuir maus antecedentes, reputo, por ora, ser necessária segregação cautelar para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”, diz um trecho do mandado judicial, que a reportagem do Voz da Fronteira teve acesso.
O indígena foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados onde deve passar a noite e posteriormente deverá ser levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Histórico policial
Durante a campanha, o indígena participou de debates eleitorais onde fez denúncia contra proprietários rurais no entorno da Reserva Indígena Federal ao mesmo tempo em que sua candidatura esbarrava em problemas com a Justiça Eleitoral, devido a um mandado de prisão em aberto por furto de bicicleta.
Em 2023, ele também foi preso por liderar a invasão de um terreno onde estava sendo construído um condomínio de luxo ao lado da reserva de Dourados. Após 20 dias, ele foi liberado pela Justiça com tornozeleira eletrônica.

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