A investigação conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul sobre o caso registrado inicialmente como estupro de vulnerável em Caarapó passou por uma reviravolta. Após a análise dos depoimentos e demais elementos colhidos ao longo do inquérito, os investigadores concluíram que a menina de 7 anos, diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA), pode ter sido induzida por familiares a relatar um suposto abuso que, até o momento, não encontra respaldo nas provas apuradas.
Diante dessa nova linha investigativa, o homem de 26 anos, que tem esquizofrenia e que havia sido preso em flagrante sob acusação do crime teve a prisão revogada e foi colocado em liberdade. A decisão foi tomada após a Polícia Civil não identificar elementos técnicos e testemunhais suficientes que sustentassem a acusação inicial.
Após a liberação, a família do jovem denunciou que ele passou a receber ameaças de morte, supostamente motivadas pela repercussão do caso na comunidade. A situação agora também é acompanhada pelas autoridades, que apuram as ameaças e reforçam a importância de aguardar a conclusão definitiva das investigações antes de qualquer julgamento público.
A Polícia Civil informou que o inquérito segue em andamento e que novas diligências poderão ser realizadas para esclarecer completamente os fatos, garantindo tanto a proteção da criança quanto o direito à ampla defesa dos envolvidos.
