Família alega descaso em atendimento do Hospital Regional de Ponta Porã

A família de um homem de 30 anos tem alegado descaso no atendimento médico por parte da equipe de saúde do HR (Hospital Regional) de Ponta Porã, na madrugada de sábado (20).

Segundo a irmã do paciente, o mesmo estava com fortes dores nas costas e não conseguia se levantar da cama, sendo necessário acionar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que o encaminhou a unidade hospitalar.

Ela contou que ao chegarem no HR, foram destratados pela equipe profissional, e que seu irmão ficou gritando de dor durante a madrugada, sem poder se levantar nem se mover e que acompanhante foi proibido.

Ainda conforme a versão da irmã, nenhuma enfermeira sequer ajudou o paciente a ir ao banheiro e na hora do almoço “jogaram a marmita no peito dele e disseram pra ele se virar”.

O paciente teria recebido alta por volta das 17 do sábado, e a família comunicada para buscá-lo. Um dos familiares foi questionar o porquê da liberação e uma médica disse que não era problema dela e que nada podia fazer.

“Cadê nossos direitos. Aquele hospital está um lixo, um monte de gente em uma sala, doente com um monte de enfermeiro preguiçosos, estúpidos, mal educado. Quem estava lá viu o sofrimento do meu irmão, o quanto ele sofreu naquele inferno, que chamam de hospital. É muito triste a gente passar por isso.  Me pergunto pra que pagamos nossos impostos”, indaga a mulher.

O outro lado

Em nota divulgada à imprensa na manhã desta segunda-feira (22), o Hospital Regional afirma que o paciente deu entrada no Pronto-Socorro com dor intensa na região lombar, irradiando para a perna esquerda com três dias de evolução.

“Paciente foi imediatamente medicado, permaneceu em repouso, sem movimentação, estável, e internado até o final da tarde quando, após reavaliação, foi constatado problema crônico de hérnia de disco. O mesmo foi orientado a procurar a rede municipal de saúde para acompanhamento especializado. Após ser informado, o paciente dirigiu-se à equipe do hospital com palavras de baixo calão e ofensas à médica plantonista”, diz trecho da nota.

O texto menciona ainda que foi oferecida ambulância para que o paciente retornasse à residência, porém, sob nervosismo, o paciente negou.

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