
O caso envolvendo a morte do deputado paraguaio Eulalio “Lalo” Gomes para longe de chegar fim. A viúva e a filha do ex-político, questionam os procedimentos recentes da Justiça do país vizinho que além de ter arquivado o processo, pediu o confisco dos bens da família.
Nessa segunda-feira (28), a viúva e a filha do falecido ex-deputado colorado se encontraram ontem com o presidente do Congresso Nacional, Basilio Bachi Núñez, para expressar preocupação e pedir seu apoio no pedido de impeachment contra o procurador-geral do estado, Emiliano Rolón.
A família também denunciou o que considera ser um confisco ilegal de bens pela Sebnabico (Secretaria Nacional de Administração de Bens Apreendidos e Perdidos), segundo informações publicadas pelo jornal Última Hora.
Joana Rodrigues, viúva de Lalo Gomes, e sua filha, Larissa Gomes, visitaram o gabinete do chefe do Poder Legislativo acompanhadas do advogado e ex-deputado Óscar Tuma, que há semanas protocolou formalmente o pedido de impeachment.
A filha de Lalo Gomes também expressou desconfiança sobre as motivações por trás da ação precipitada de Senabico. “Será que não mataram meu pai para se apoderar de seus bens? Há uma perseguição enorme acontecendo, porque oito meses depois eles voltaram e estão reivindicando tudo, inclusive parte do gado do meu irmão e meu, que eles foram roubar.”
O advogado Oscar Tuma também abordou os supostos 17.000 bovinos desaparecidos mencionados por Senabico, afirmando que eles não existem.
Ele também negou a existência de um patrimônio de US$ 130 milhões que o Ministério Público teria atribuído ao ex-deputado. Tuma criticou a atuação do Ministério Público no encerramento do caso da morte do ex-deputado Gomes.