Governos de MS e SP vão unir ações em planos estaduais para acelerar retomada da Malha Oeste

Os governos de Mato Grosso do Sul e do Estado de São Paulo vão unir forças para reativar a Malha Oeste. A ideia é, por meio da criação de planos estaduais de ferrovias, traçar estratégias mais ágeis para operacionalizar e reativar completamente a malha ferroviária que tem mais de 1.900 km saindo de Corumbá em Mato Grosso do Sul até Mairinque em São Paulo.

Este foi um dos assuntos debatidos pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro ( Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e o coordenador do Grupo de Trabalho – GT Ferrovias do Estado de São Paulo, Luiz Alberto Fioravante.

Eles participaram, juntamente com o assessor de logística da Semagro, Lúcio Lagemann e técnicos da GT Ferrovias de SP, de reunião virtual para apresentação do Plano Ferroviário do Estado de São Paulo, que está em andamento no Estado vizinho e contemplará a Malha Oeste. O Plano apontou que somente em São Paulo existem 2.390 quilômetros de ferrovias ativas e 2.530 km com alta ociosidade. O objetivo foi debater mecanismos para traçar estratégias conjuntas em prol da retomada da ferrovia, que representa hoje a melhor solução em logística para a redução no volume de cargas que abarrota as rodovias tanto de Mato Grosso do Sul quanto de São Paulo.

“Fizemos reunião com o coordenador do GT Ferrovias de São Paulo para que fosse apresentado o plano de ferrovias que contempla de forma estratégica a Malha Oeste. Como a ferrovia tem um trecho expressivo em Mato Grosso do Sul, deste modo entendemos que a solução da Malha Oeste deve ser conjunta”, salientou o secretário Jaime Verruck, destacando que “esta é a primeira vez que os Governos de MS e de SP se juntam para traçar ações neste caso da Malha Oeste”.

“Diante da explanação do GT percebemos que a Malha Oeste tem posição importante de reativação da malha ferroviária paulista. Por isso, o governo do estado vizinho propôs uma ação conjunta para trabalhar através de nossas leis estaduais. A lei de São Paulo já está na Assembleia para ser votada, enquanto o Governo de MS por meio da Comitê de Ferrovias também está finalizando a elaboração do plano estadual de ferrovia”, adiantou.

Malha Oeste

Recentemente a Malha Oeste voltou a movimentar minério, ainda de forma tímida, na região de Corumbá e também por parte da Arcelor Mital que trouxe vergalhões de ferro de Mairinque até Corumbá. No entanto o transporte efetivo de cargas foi paralisado em 2015.

O secretário destacou que o consórcio ‘Nos Trilhos de Novo’ deverá finalizar os estudos de viabilidade técnica e econômica para a relicitação da Malha até outubro.

Composto por quatro empresas, o consórcio vencedor é liderado pela Latina Projetos Civis e Associados. O trecho teve a qualificação recomendada no PPI (Programa de Parceria de Investimentos), do Governo Federal, em dezembro de 2020. A Malha Oeste –inicialmente NOB (Noroeste do Brasil) e, depois, assumida pela falida RFFSA (Rede Ferroviária Federal) – já passou por diferentes empresas depois de um processo de privatização que não resultou na sua plena recuperação. Até julho de 2020, a malha era gerida pela Rumo, mas agora será relicitada até o próximo ano.

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