Dono de distribuidora é preso com R$ 1,3 mi em operação que apura desvio de cervejas

A PC (Polícia Civil) do Mato Grosso prendeu dono de uma distribuidora de bebidas com R$ 1,3 milhão escondidos em uma caixa térmica durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da operação Ceres, que investiga grupo acusado de desviar cargas de cervejas de uma fábrica localizada em Cuiabá (MT).

O homem foi preso em flagrante pelo crime de receptação qualificada.

Segundo a polícia, foram cumpridos 48 ordens judiciais entre busca e apreensão em endereços, apreensões de aparelhos celulares e computadores, arresto de bens móveis, quebras de sigilos bancário e fiscal e ordem de penhora no valor de R$ 12,782 milhões em desfavor dos investigados.

A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidas também 68 caixas de cigarros contrabandeados e centenas de engradados de cervejas furtadas.

A delegacia instaurou inquérito a partir do recebimento de uma denúncia, para apurar os delitos de associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica contra quadrilha que se associou para desviar bebidas alcoólicas de cinco marcas produzidas pela Ambev.

Desvios de cargas de cervejas

Sobre os desvios das cargas de cerveja, ainda de acordo com a Polícias Civil, a investigação apurou o crime era praticado pelos próprios funcionários da fábrica e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante.

Os envolvidos atuavam na função de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista e carregadores.

O grupo envolvido desviava as cargas que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração pelo conferencista e o porteiro da cervejaria confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores um deles é uma distribuidora de bebidas localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no bairro Jardim Renascer.

Levantamento feito pela fabricante de bebidas, a partir do sistema de controle de inventário, apontou um prejuízo estimado em quase R$ 12,8 milhões.

Os números foram apurados no inventário mensal dos anos de 2021 e 2022. A ação da quadrilha pode estar estendida para outros municípios e até Estados vizinhos o que será apurado pela polícia.

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