‘Ele tem medo de sangue’, diz advogado de amante que participou de homicídio em Dourados

Acompanhado do advogado Júlio Montine Neto, se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira (6), Bruno José Feliciano, de 21 anos, amante de Mayra de Lima Luna, de 22, ambos acusados pela morte do borracheiro Douglas Novaes Rocha, de 27, na madrugada de 14 de fevereiro de 2022, em Dourados.

A defesa conversou com os jornalistas e disse que ‘Bruninho’ como também é conhecido, tem medo de sangue e que não sabia que Mayra era casada, já que ela falava que estava separada.

“Mayra dizia para Bruno que era separada. No dia do fato, ela foi até a conveniência onde ele trabalhava, e pediu para ele ir até a casa dela, pois morava com os pais e estava sozinha. Ao abrir a porta, ele viu Douglas caído e Mayra começou a gritar por ajuda. Ela abriu o capô do carro e colocaram a vítima. Ele achou que fosse socorrer, e no caminho para o hospital, Mayra disse que tinha matado Douglas e que iria jogar o corpo”, detalhou o advogado, que acrescentou: “ele [Bruno] entrou em desespero, pois tem medo de sangue. Tanto que ele não sabe onde deixaram o corpo, porque se perderam pelo caminho”, informou Júlio.

Questionado sobre a fuga do seu cliente, o advogado disse que foi desespero.

Bruno estava foragido desde a época do crime e tinha um mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara Criminal de Dourados.

Mayra, apontada como quem planejou o assassinato do próprio esposo, foi presa em flagrante ainda no mês de fevereiro.

O caso

Douglas foi encontrado jogado às margens de uma mata com cerca de nove facadas. Segundo a perícia técnica, ele foi assassinado enquanto dormia e “sem chances de defesa”. Na manhã de segunda, Mayra chegou a procurar pelo marido na borracharia – onde ele trabalhava -, e até ligou para o pai dele.

Já na delegacia, a polícia começou encontrar contradições nos fatos relatados por ela, e descobriram que o carro havia sido lavado naquele dia, e no imóvel, perceberam o sofá úmido e vestígios de sangue em alguns móveis.

Então, Mayra ‘jogou’ a culpa para Bruno, afirmando que ele foi quem deu as facadas e que ficou no quarto com o filho de três meses.

Por fim, a própria mãe de Bruno, disse que o filho já foi preso em Ponta Porã, por tráfico de drogas.

Em relação às traições, Douglas teria as descoberto em 3 de fevereiro, mas estava disposto a ‘passar uma borracha’ e perdoar a esposa.

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