Governo do Estado afasta servidores envolvidos em operação do Gaeco

Depois da operação Tur Off, deflagrada nesta quarta-feira (29/11), pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado), envolvendo servidores estaduais, o Governo de Mato Grosso do Sul informou, por meio de nota, que os alvos serão afastados de suas funções.

A ação de hoje resultou na prisão do secretário-adjunto estadual de Educação, Édio Antônio Resende de Castro, do ex-secretário estadual de Saúde, Flávio Brito, do ex-superintendente de Comunicação, Thiago Haruo Mishima, a ex-integrante da comissão de licitação, Simone de Oliveira Ramires Castro, a coordenadora de contratos da Secretaria de Educação, Andrea Cristina Souza Lima, o coordenador da CER/Apae, Paulo Henrique Muleta Andrade, Victor Leite de Andrade e o diretor da Maiorca Soluções em Saúde, Sérgio Duarte Coutinho Junior. O oitavo alvo segue foragido.

Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), os oito envolvidos na operação desta quarta, são acusados de integrar uma organização criminosa voltada para as práticas dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações, contratos públicos e lavagem de dinheiro.

A investigação envolve contratos que somam R$ 68 milhões pagos pelo poder público durante a gestão do então governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele não é alvo da operação.

Foram executados oito mandados de prisão e 35 de busca e apreensão em Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.

“Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos”, informou o Ministério Público por meio de nota divulgada à imprensa.

A investigação contou com provas emprestadas pela Operação Parasita, que apurou desvios milionários no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian e na Secretaria Estadual de Saúde. A Justiça autorizou o compartilhamento das provas que levou à deflagração da nova operação.

Saiba mais

O nome da operação Turn Off, significa na tradução do inglês para o português, ‘desligar’, e foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada, explicou.

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