Moradora do Bairro Jardín Aurora, em Pedro Juan Caballero, denunciou na Polícia Nacional o recebimento de um bilhete com ameaças supostamente direcionadas a criminosos da região. O recado foi assinado por um grupo que se autodenomina “Justicieros de la Frontera” (Justiceiros da Fronteira) e deixado na porta da casa da denunciante na manhã do último sábado (2/8).
Marina Vega Morel, de 43 anos, contou às autoridades que por volta das 6h, ao sair de sua residência localizada na Rua Adriano Irala Burgos, entre as ruas Ricardo Pockel, deparou-se com o papel impresso. O conteúdo da mensagem alertava que “assaltantes, ladrões de moto, batedores de carteira e outros tipos de delinquentes que prejudicam trabalhadores” não seriam mais tolerados naquela área.
O bilhete ainda afirmava que o grupo já possui “nomes e dados suficientes para agir”, insinuando que poderiam tomar ações diretas contra suspeitos.
Após o registro da denúncia, o caso foi comunicado ao Ministério Público paraguaio e encaminhado à área técnica da Polícia Nacional, envolvendo as divisões de Investigação e Criminalística para o início das apurações.
A polícia acredita que um dos sete filhos de Marina que tem passagens por furto, poder ser um dos alvos. Ela negou que o filho tenha praticado roubos ou furtos. Outros integrantes da família dela também estariam ameaçados.
As dezenas de roubos e furtos de motos dos dois lados da fronteira nos últimos dias também poderiam ser motivo para a ameaça. Somente na semana passada, mais de 20 motos foram furtadas em Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.
