A Polícia Nacional do Paraguai confirmou, na madrugada desta segunda-feira (15), a expulsão de Maykon de Souza de 39 anos, apontado como líder do chamado Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa brasileira ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele havia sido preso no domingo em Pedro Juan Caballero, após uma perseguição policial com troca de tiros.
Segundo as autoridades, Maykon de Souza vivia há cerca de nove anos em território paraguaio, onde teria se escondido para escapar da Justiça brasileira. Após a prisão, o suspeito foi levado para a sede da Direção de Migrações, onde realizou os trâmites administrativos necessários antes de ser formalmente entregue à polícia do Brasil.
Ainda na noite de domingo (14), o brasileiro foi transferido de avião de Pedro Juan Caballero para Ciudad del Este, no departamento de Alto Paraná. De lá, seguiu até a Ponte da Amizada na divisa com Foz do Iguaçu, onde ocorreu a entrega dele para a Polícia Federal, encerrando o processo de expulsão, conforme informações divulgadas pela imprensa paraguaia.
Maykon de Souza possui diversas ordens de recaptura internacional em aberto, relacionadas a crimes graves como narcotráfico, homicídio e outras infrações penais. Para investigadores, a retirada do suspeito do território paraguaio representa um golpe significativo contra a atuação de facções criminosas na faixa de fronteira, historicamente utilizada como refúgio por líderes do crime organizado.
A operação reforça a cooperação entre Paraguai e Brasil no combate ao crime transnacional e evidencia a pressão crescente sobre organizações criminosas que atuam entre os dois países.

