Mato Grosso do Sul é recordista brasileiro em apreensão de drogas

Faltando ainda 4 meses para acabar o ano, Mato Grosso do Sul já é recordista brasileiro de apreensões de drogas de 2020. Até agora as polícias estaduais tiraram de circulação mais de 512 toneladas de drogas, o que representa um aumento de 111% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram apreendidas pouco mais de 243 toneladas de entorpecentes.

Do total de drogas apreendidas este ano, o maior volume, 332,4 toneladas, foram tiradas de circulação no interior do Estado, especialmente naqueles municípios localizados na linha e faixa de fronteira com o Paraguai, durante as ações da Operação Hórus, que é realizada em Mato Grosso do Sul por meio de parceria do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi).

Grande parte das apreensões de drogas, mais de 180 toneladas, foram realizadas pelas equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), que também quebrou recorde histórico. O anterior, de 73,2 toneladas, foi registrado no ano passado pelo Departamento, que é diretamente subordinado ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública.

Para o diretor do DOF, coronel Wagner Ferreira da Silva, as grandes apreensões registradas este ano se devem ao aprimoramento dos trabalhos de inteligência, bem como ao devotamento, comprometimento e expertise dos policiais do Departamento, combinados com uma política estadual forte de enfrentamento à criminalidade na fronteira.

O governador Reinaldo Azambuja, que em sua administração tem priorizado também o combate aos crimes na fronteira, fez questão de destacar a ação do DOF na apreensão recorde. “Parabenizo os policiais do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) que, em trabalho conjunto com a Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, realizaram a maior apreensão de drogas do país. Foram 33,3 toneladas de maconha tiradas de circulação durante a operação Hórus, causando um prejuízo de mais de R$ 50 milhões às organizações criminosas. Quando unimos esforços, protegemos as nossas fronteiras e o nosso país!”, afirmou o governador.

A atuação do DOF foi elogiada também pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que em seu twitter publicou: “Parabenizo os policiais e a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul pela apreensão recorde de 33 ton de maconha. O Programa VIGIA do @JustiçaGovBr seguirá dando todas as condições para que as forças de segurança possam combater o crime organizado nas fronteiras!”.

Maior apreensão do Brasil

Com a maior apreensão de drogas já realizada no Brasil, registrada no último dia 26, quando o DOF interceptou em Maracaju uma carreta com mais de 33,3 toneladas de maconha, o prejuízo ao crime organizado ultrapassa R$ 2 bilhões neste ano, apenas com as ações dos policiais do Departamento. “Essas apreensões rompem um ciclo criminoso, descapitalizam o crime organizado e impedem que seus dividendos retornem à sociedade como violência. A Operação Hórus, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, juntamente com outras estratégias de nossa Secretaria Estadual de Segurança Pública, tem provocado um duro golpe nas organizações criminosas que agem nas fronteiras”, garante o diretor do DOF.

Das drogas tiradas de circulação este ano pelas polícias estaduais no interior, 119,5 toneladas foram apreendidas pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv). De janeiro até agora são 30 toneladas a mais que durante todo o ano passado (89,5 toneladas). Para o tenente-coronel Wilmar Fernandes, que comanda a Polícia Militar Rodoviária, os bons resultados refletem os investimentos estaduais e federais. “Foram realizados cursos de nivelamento de conhecimento para os policiais e com isso melhoramos as táticas de abordagem, além disso, com Operação Hórus houve significativo incremento de efetivo na faixa de fronteira”, lembra.

Mais recordes

Recorde de apreensão e incineração registrou também a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), que até agora já destruiu 50,6 toneladas de entorpecentes. Durante todo o ano de 2019 foram incineradas 31,7 toneladas. Das 180 toneladas de drogas apreendidas em Campo Grande este ano, 9,7 toneladas foram tiradas de circulação pela Denar. “O nosso foco são as drogas que passam pela capital ou que chegam para serem distribuídas aqui”, explica o delegado Gustavo Ferraris, titular da Denar.

Em trabalho ancorado na inteligência policial e realizado em parceria com unidades do interior, na semana passada os policiais da Denar conseguiram apreender mais de 6 toneladas de maconha no rodoanel em Campo Grande. Para o titular da Denar, os aumentos de apreensões demonstram a eficiência policial. “É trabalho das polícias, não tenho dúvida! Essas apreensões evidenciam que as polícias estão realizando um trabalho mais eficiente”, destaca.

Para o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, os números são indicadores de que a segurança pública e as forças policiais estão fazendo o dever de casa e cumprindo com excelência o seu papel. “São números expressivos que traduzem efetividade e estou convencido de que gestão de qualidade e os investimentos em modernização das frotas e estruturas, bem como reciclagem e capacitação dos nossos efetivos, foram primordiais para conseguirmos bater todos os recordes de apreensão do Brasil”, salienta.

Comparativo

Do total de mais de 512 toneladas de drogas apreendidas em Mato Grosso do Sul, 1,7 toneladas é de cocaína. Deste tipo de droga houve uma queda de -45% em comparação com 2019, quando foram tiradas de circulação 3,1 toneladas da droga. Houve queda também nas apreensões de crack, até agora foram 146 quilos e no ano passado 353.As apreensões de haxixe aumentaram +106% este ano, com 146,3 quilos e de maconha +111%, com mais de 501 toneladas, contra as 238,2 toneladas apreendidas no ano passado. Outros tipos de drogas, que inclui aquelas sintéticas registraram alta de apreensões de +1.263% em comparação com 2019. Este ano foram 8,3 toneladas e no ano passado 615 quilos.

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