Operação da PF ocorreu a partir de informações e apreensão pela PRF

O esquema de tráfico e lavagem de dinheiro que levou a Polícia Federal a realizar a Operação Viagem Santa, foi descoberto a partir de informações levantadas pelo serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal de Dourados em dezembro de 2.018, seguida da apreensão de mais de meia tonelada – 576 quilos – de cocaína. A informação recebida foi apurada e o resultado encaminhado aos setores competentes, possibilitando a operação de hoje pelo federais, não constando a participação da PRF no desfecho do caso.

Um dos supostos envolvidos no esquema, proprietário de uma das empresas de turismo, “Zezinho da Eurotur”, não foi localizado pela Polícia Federal pois estaria fora da cidade, e seu advogado prometeu apresenta-lo a qualquer momento.

A partir dos primeiros informes a PRF investiu na apuração não só confirmando que as empresas de fretamento de ônibus Eurotur e Pradotur utilizavam o esquema como forma de encobrir o tráfico e lavagem de dinheiro para facções. No andamento da apuração ocorreu a grande apreensão de cocaína pela PRF, em que a princípio foi possível responsabilizar apenas o motorista como proprietário da carga milionária.

As apreensões de hoje pela PF, podem ter desdobramentos levando a mais envolvidos assim como outras ramificações no narcotráfico e lavagem de dinheiro pelo crime organizado. Ao final da operação a Polícia Federal deverá divulgar balando de quantos e modelos de veículos foram apreendidos assim como montante de dinheiro e bens.

Atentado e 500 mil

No dia 13 de fevereiro de 2.019 “Zezinho da Eurotur” foi vítima de atentado a tiros quando transitava com uma caminhonete pela rua Cuiabá, no Jardim Santo Antônio, em Dourados. Dois homens foram autores da tentativa de execução que acabou esclarecida e a esposa dele, Valdirene Florentino da Silva, descoberta e presa como mandante do crime, sendo posteriormente condenada a mais de 10 anos de prisão.

No andamento da investigação do atentado, a polícia efetuou buscas na casa do empresário, onde apreendeu uma pistola 9 milímetros e R$ 500 mil em dinheiro, na época sem origem definida.

Mortes

“Zezinho” chegou a ser investigado como suspeito da execução de dois proprietários de Vans em Dourados. As investigações não comprovaram a participação do empresário nos assassinatos.

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