Paraguaios lideram empreendedorismo estrangeiro em Mato Grosso do Sul

O Mato Grosso do Sul está se consolidando como um polo de empreendedorismo multicultural, com uma forte presença de empresários estrangeiros. Dados recentes da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (Jucems), divulgados em 1º de julho de 2025, mostram que paraguaios são os que mais empreendem no estado, tanto em empresas formalizadas quanto no universo dos Microempreendedores Individuais (MEIs).

No cenário de empresas, o Paraguai lidera com 468 empresários, seguido por Bolívia (316), Portugal (278), Itália (141) e Japão (136). Essa lista reflete não apenas a proximidade com os países vizinhos, mas também a influência de comunidades de imigração histórica que há décadas participam ativamente da economia local.

Já entre os MEIs, a liderança paraguaia se mantém, com 698 microempreendedores. Em segundo e terceiro lugar, estão Bolívia (406) e Venezuela (392), respectivamente. A presença de venezuelanos, colombianos (172) e haitianos (69) nesse ranking destaca a força dos fluxos migratórios mais recentes. Para muitos desses estrangeiros, o MEI se tornou uma alternativa rápida para a geração de renda e a integração ao mercado de trabalho brasileiro.

Serviços e Comércio Dominam a Economia

O estudo da Jucems também aponta a predominância dos setores de serviços e comércio na economia do estado. Das empresas com atividade principal registrada, 61,15% são do setor de serviços e 32,63% do comércio. A indústria, por sua vez, representa apenas 5,91%. A principal atividade econômica identificada é o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios.

A pesquisa ainda mostra que o empreendedorismo sul-mato-grossense é majoritariamente masculino, com homens representando 62,4% dos empresários. A faixa etária mais ativa é a de 31 a 45 anos, concentrando a maior parte dos empreendedores.

Os dados da Jucems revelam dois perfis de empreendedores estrangeiros em Mato Grosso do Sul: os imigrantes tradicionais, que ajudaram a construir setores econômicos do estado, e os migrantes e refugiados recentes, que encontram no microempreendedorismo uma porta de entrada para a formalização e a inclusão social.

Com informações do Perfil News

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