Indígenas de MS têm sido usados na produção e colheita de maconha no Paraguai

O secretário estadual da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, esteve em Dourados nesta quarta-feira (13/9), e participou da primeira reunião da Frente Parlamentar criada pela Câmara Municipal com objetivo de mediar conflitos entre indígenas e sitiantes, e em conversa com a imprensa, disse que índios do Estado têm sido cooptados para trabalharem na produção e colheita de maconha em fazendas no Paraguai.

“Temos informações que muitos indígenas do nosso Estado estão sendo usados como mão de obra para o tráfico de entorpecentes. Alguns deles estão sendo levados para a fronteira e acabam aliciados para atuarem no transporte de maconha”, disse o secretário.

Videira disse que diante dessa situação, o Governo do Estado está trabalhando em um projeto que possa coibir esse tipo de ação.

“Temos que estar atentos não só à disputa pela terra, mas à vulnerabilidade dessas populações. Nossas aldeias estão sendo utilizadas por facções criminosas para levar drogas para os grandes centros. Nós temos muitos jovens indígenas que estão indo trabalhar nas roças de maconha. E lá, eles recebem em guarani ou em real, mas também recebem em haxixe e maconha. Ele vende dentro da sua aldeia ou da mais próxima e vai levando de aldeia em aldeia”, denunciou o secretário.

Videira participou da primeira reunião organizada pela frente parlamentar em defesa da solução dos conflitos indígenas de Dourados, da Câmara Municipal de Vereadores.

O encontro contou a participação efetiva de representantes das forças de segurança que atuam em Dourados, incluindo a Polícia Federal.

O procurador do MPF (Ministério Público Federal) Marco Antônio Delfino, também esteve presente no encontro, juntamente com a coordenadora regional da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Teodora, que pediu a atuação na garantia da segurança das comunidades indígenas não só de Dourados, mas de toda a região.

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